O livro destaca a influência dos espíritos na vida do médium Robson Pinheiro, os desafios e as oportunidades, além dos estudos para compreender e desenvolver a sua mediunidade ao lado dos bem feitores espirituais em prol do seu crescimento.
O livro destaca a influência dos espíritos na vida do médium Robson Pinheiro, os desafios e as oportunidades, além dos estudos para compreender e desenvolver a sua mediunidade ao lado dos bem feitores espirituais em prol do seu crescimento.
Um livro que destaca a importância do Hospital Fogo Selvagem para a sociedade brasileira.
Para Richard Sennett, a nova empresa exige funcionários de 1 001 capacidades que vivem a todos os instantes a angústia de ser descartáveis.
Depois da batalha da reeleição, o governo tenta juntar os cacos para dar sequência às transformações dos anos anteriores e abrir novas oportunidades e perspectivas para o país, tendo que conviver com um país dividido, com grande desconfiança do capital nacional e internacional, além da desconfiança de muitos atores sociais, o trabalho de reconstrução pode ser muito mais complexo do que imaginam, transformando o segundo mandato em um grande martírio para a sociedade.
Depois de quatro anos de governo, os resultados foram contraditórios, avanços sociais em muitas áreas, desemprego baixo, crescimento do ensino superior, redução da exclusão social, são alguns dos pontos destacados como positivos e reconhecido pelos críticos menos ideológicos e mais racionais; de outro lado, encontramos, uma inflação no topo da meta, investimentos em queda, juros altos, desajuste fiscal, déficit externo e perspectivas futuras não muito animadoras, um quadro bastante peculiar para um país visto, anteriormente, como uma das grandes apostas dos investidores estrangeiros.
O Brasil teve, neste ano, uma campanha extremamente agressiva, marcada por acusações de todos os lados e uma grande desconstrução dos candidatos, onde os instrumentos utilizados nem sempre foram marcados pela ética e por valores republicanos, mas, na maioria das vezes, pelo jogo rasteiro da política, onde o mais importante era demonstrar a fragilidade do outro e não a sua superioridade, nesta estratégia a verdade é rifada em prol dos interesses imediatos do poder, a luta pelo poder dita as regras e os caminhos que devem ser seguidos, uma estratégia inspirada no grande intelectual florentino Nicolau Maquiavel.
Em pleno desenrolar das eleições, o atual governo, com sua candidata a reeleição fez duros ataques ao setor financeiro, isto porque, uma das candidatas defendeu a independência do Banco Central, para refutar tal ideia, propagandeou, no horário eleitoral, uma propaganda que relacionava a independência ao aumento da pobreza e do desemprego, gerando um clima pesado com os bancos, depois das eleições, cabe ao governo reconstruir pontes com os setores, sob pena de ver sua imagem afetada negativamente, com expectativas negativas e perspectivas nebulosas.
Segundo os governistas, os opositores eram representantes do mal, do atraso e dos interesses da burguesia e, como tal, o melhor era reeleger o governo, este sim, virtuoso, democrático e movido pelo interesse dos mais pobres, pois, nunca na história deste país, as classes mais necessitadas e desfavorecidas tiveram acesso aos bens de consumo como agora e isso era um mérito dos últimos dois governantes, neste momento cabe uma indagação: será que todos estes avanços são sustentáveis ou se perderão com os solavancos da economia atual?
Caso a oposição ganhasse a eleição, todas as melhoras acumuladas nestes doze anos estariam ameaçadas, os novos governantes adotariam medidas recessivas que mergulharia a economia em uma severa recessão, cujos impactos para os trabalhadores seriam bastante negativos, isso porque, um governo de oposição seria um governo para poucos, somente para os ricos e afortunados, enquanto o governo atual é um governo democrático e popular, diante deste argumento, os pobres e os menos favorecidos foram convencidos a votar no governo de plantão, sob pena de perder as benesses acumuladas nestes anos, tais como Bolsa Família, Prouni, Minha Casa Minha Vida, Fies, etc… só um governo popular traria tantos avanços para as camadas mais pobres da sociedade.
Promessas de mais avanços foram feitas para um possível segundo mandato, além do aumento dos gastos sociais, destacamos ainda, a promessa do governo de incrementar o crescimento econômico, que nestes últimos anos foi reduzido devido aos impactos da crise financeira internacional, sem a crise, o crescimento seria elevado e os benefícios seriam maiores para os mais pobres, a culpa do baixo crescimento é da crise externa, o governo não tem culpa nenhuma, pobre governo, sempre pensando nos pobres.
A inflação é culpa dos choques externos, aumentos gerados por quebras de safras e desequilíbrios nas cadeias globais, nada tem a ver, portanto, com as intervenções do governo, que investiu muito, mas todos os investimentos visavam uma melhoria das condições da economia, até desonerações foram estimuladas pelo governo, além de redução das tarifas de ônibus, dos combustíveis e da energia elétrica, sempre visando uma melhoria na renda dos trabalhadores, mesmo assim, a inflação teima em cair, a resistência está no setor de serviços, fruto dos avanços da classe média, diante disso, concluímos que a inflação é um mal necessário, o seu combate gera mais ônus para o setor produtivo do que bônus.
Outro ponto importante a se destacar, é a perda de confiança do mercado com relação ao país, de queridinho dos investidores no final do governo Lula a grande incógnita na atualidade, a busca pela credibilidade perdida é um dos grandes desafios do governo atual, sob pena de ver seu grau de investimento em risco, o que elevaria os custos de captação de recursos no mercado internacional, agravando os desequilíbrios fiscais e financeiros. Uma boa oportunidade para reverter esta situação é a definição do novo ministro da economia, se emplacar o virtuoso ortodoxo Henrique Meireles, o mercado vai adorar a escolha e os custos do ajuste serão menores agora, se o escolhido for o economista Nelson Barbosa, também respeitado pelos agentes econômico, mas com um perfil mais heterodoxo, o custo do ajuste será maior e as dificuldades serão mais intensas, obrigando o governo a adotar políticas mais rígidas com forte impacto sobre o emprego e a renda.
Os custos dos ajustes econômicos não podem ser negligenciados. O ano de 2015 será difícil para o país, colocar a economia nos trilhos vai exigir medidas nem sempre populares, o que percebemos é que, as dificuldades escondidas na campanha eleitoral existem e são imensas, negligenciar com esta situação pode aumentar a instabilidade e transformar um recessão inicial em algo muito mais agressivo, com resultados conhecidos por todos: desemprego em alta e renda em baixa. O momento é de incertezas e definições, pois somente agora, vamos perceber claramente quais serão as opções escolhidas por este governo, os dias de bonança terminaram, o dinheiro farto acabou, os recursos externos estão em baixa e o endividamento do Estado estão o limite, agora sim, podemos esperar para saber por quem os sinos tocam.
Série Realidade Brasileira O programa Realidade Brasileira consiste na apresentação de uma série de documentários sobre os grandes pensadores brasileiros, já mortos, que marcaram o século XX. O projeto é uma parceria da TV E-Paraná com a Escola Nacional Florestan Fernandes e a Fundação Darcy Ribeiro, com apoio do Ministério da Cultura. Entre os pensadores escolhidos para compor os próximos documentários estão Caio Prado Junior, Celso Furtado, Darcy Ribeiro, Madre Cristina, Paulo Freire entre outros.
Existe pouquíssimo material sobre esses pensadores, os documentos existentes, quando audiovisuais, são de cunho autoral ou referente a fatos pessoais e história de vida, pouco dedicado ao aprofundamento de seu pensamento e obras. Quando se trata de documentos impressos, normalmente são livros acessíveis a um público muito específico em conhecer um determinado pensador. Por isso, a série foi criada. E o diferencial é justamente a difusão massiva do conhecimento.
Os documentários foram produzidos a partir da experiência dos cursos realizados nos últimos oito anos com a participação de diversos atores sociais, estudantes e lideranças de diversos movimentos sociais. Cada documentário busca trabalhar de for ma lúdica, prazerosa e fomentar o debate e a pesquisa sobre a produção intelectual desses grandes pensadores.
Existe na sociedade contemporânea uma nova discussão no campo da política e da economia, que está provocando muitos confrontos intelectuais, tudo suscitado pela obra do economista francês Thomas Piketty, O Capital no século XXI, uma obra de fôlego que destaca o incremento na desigualdade social em muitos países importantes da sociedade mundial.
Segundo o autor, vivemos em uma sociedade que está gerando cada vez mais desigualdades, onde uma pequena parte da sociedade possui uma parcela considerável da renda, criando um embaraço muito grande para os agentes políticos, isto porque vivemos numa sociedade muito rica, onde a tecnologia avança de forma acelerada, gerando contrastes cada vez mais significativos entre os indivíduos, tudo isso fragiliza os laços entre os indivíduos e coloca em xeque a democracia.
Pelas pesquisas de Thomas Piketty, no período 1915 à 1970, a desigualdade social foi reduzida sensivelmente na sociedade mundial, isto esta diretamente ligado aos dois grandes conflitos que o mundo viveu no período, primeira e segunda guerras mundiais, somados à crise de 1929 e a reconstrução do pós guerra, onde a tributação foi aumentada diretamente, reduzindo os recursos de grupos mais bem aquinhoados. Dos anos 70 em diante, as curvas de desigualdade começaram a subir nos Estados Unidos e na Europa, em 2010, os 1% dos norte-americanos mais ricos detinham 20% da renda total, percentual equivalente ao da Europa em 1910. Se nenhuma medida for adotada pela sociedade, estima-se que, em poucas décadas, os 0,1% da população mundial vai absorver entre 40 e 60% da renda global, uma desigualdade jamais vista na sociedade capitalista, com forte impacto sobre a arena política e econômica.
Para visualizar melhor sua pesquisa, o autor analisa a remuneração dos grandes executivos mundiais que, em 1950, recebiam retornos financeiros compatíveis a 20 vezes os salários médios de mercado, enquanto, em 2014, os vencimentos chegam a duzentas vezes os salários médios de mercado, um incremento espetacular. Esta classe dos super salários é composta por operadores de fundos de investimentos, diretores de grandes empresas e outros trabalhadores super qualificados, tais como os empreendedores do Vale do Silício, região marcada pelas grandes startups mundiais, o berço das grandes empresas ponto.com.
A diferença de remuneração levou o economista francês a analisar a rentabilidade das empresas que pagam os super salários e percebeu que a diferença de retorno das ações de empresas que pagam mais de US$ 10 milhões para seus executivos e aquelas que pagam US$ 1 milhão era pouco significativa, destruindo a tese da meritocracia, vista por muitos como a explicação desta discrepância. O grande problema disso, segundo o autor, é que a democracia, visto como a melhor forma de organização política, esta se mostrando bastante fragilizada diante do poder dos grandes grupos econômicos, cujos recursos conseguem “comprar” as benesses do Estado Nacional, criando uma discrepância muito grande no modelo político e na organização econômica.
Os dados fornecidos pelo autor geram grande inquietação na sociedade, os 10% mais bem pagos na pirâmide de renda, abocanham hoje em dia algo entre 45% e 50% da massa salarial nos Estados Unidos, enquanto que, em 1950, este valor era de 35%, um crescimento bastante significativo que acaba criando um grande fosso entre ricos e pobres e que podem gerar graves distúrbios sociais.
O incremento da desigualdade leva o Estado a adotar políticas públicas direcionadas para atender este público em situação de risco, obrigando-o a uma postura firme e direta para evitar que esta desigualdade acabe gerando graves desajustes sociais que poderiam culminar em violência e desagregação social.
O Brasil é um exemplo clássico destas políticas, nos últimos 20 anos, o país apresentou um resultado bastante satisfatório, em 1993, tinham 44% da população ou 62,5 milhões de pobres, enquanto que, em 2012, este número recuou para 29,4 milhões de pessoas ou 16% da população, colocando o Brasil no restrito clube dos poucos países que conseguiram reduzir a população pobre nos últimos 20 anos, mesmo assim, os dados ainda são bastante ruins, fruto de uma herança histórica bastante negativa, acumulada durante muitas décadas.
As novas descobertas de Thomas Piketty, colocaram em xeque as descobertas de Simon Kuznets, que nos anos 50 foi laureado com o Prêmio Nobel de Economia, segundo o economista, a desigualdade acompanha o grau de desenvolvimento dos países, países desenvolvidos reduzem consideravelmente seus índices de pobreza, diante disso, muitos países empenharam grandes esforços para a industrialização, vista como uma forma de levar as economias ao desenvolvimento, o que se mostrou, posteriormente, insuficiente. Piketty descobriu que, dentro dos países desenvolvidos, encontramos ricos e pobres convivendo juntos e que o fosso entre eles está aumentando de forma acelerada e gerando graves desajustes no sistema democrático.
A meritocracia também é alvo do economista francês, segundo este, 60% dos bilionários da revista Forbes chegaram a esta soma devido a herança, ou seja, sua condição de bilionário se dá desde o nascimento, seu esforço e dedicação não foram condições indispensáveis para sua condição de vida atual, mas sim sua sorte no nascimento, nasceram ricos e estão “condenados” a riqueza até seus últimos dias.
A desigualdade deve ser vista com moderação, isto porque encontramos desigualdades boa e ruim, como o colesterol, a desigualdade boa é aquela que estimula os indivíduos a estudar com dedicação e buscar uma ascensão social e uma melhora em sua qualidade de vida. A desigualdade ruim é aquela que impede a mobilidade social e condena o indivíduo a viver na classe social de seus pais, impedindo-o de ascender na hierarquia social, gerando desesperança e insatisfação.
A pobreza e a exclusão social são duas condições da sociedade que chocam as pessoas e causam indignação entre os indivíduos mais sensíveis, como pode uma sociedade, marcado pelo grande avanço tecnológico, onde a ciência evolui rapidamente e a produção de alimentos cresce de forma acelerada, aceitar a morte de pessoas vítimas da fome? Que sociedade é essa, que aceita seus descendentes se digladiarem como animais em busca de um prato raso de comida? São questões fundamentais que os seres humanos precisam aprender para que possam ser considerados seres racionais, na atualidade, me parece que este aprendizado vai demorar muito tempo, ainda mais quando dados recentes nos mostram que os mais ricos ganharam, em 2012, dinheiro suficiente para acabar com a pobreza no mundo quatro vezes, e porque a pobreza insiste em continuar existindo? A resposta para isso é clara: existem muitos agentes que ganham com a pobreza do mundo, o negócio da pobreza enriquece muitas pessoas que, com isso, continuam usufruindo dos benesses do dinheiro e não se sensibilizam com as dores que envolvem outros seres humanos.
A meritocracia sempre foi um dos grandes legitimadores do sistema capitalista, uma forma clara de fazer com que as pessoas enxergassem a desigualdade por uma ótica menos negativa, uma forma de estimular os indivíduos a buscarem uma melhoria social e uma condição de vida mais digna e decente, deixando de lado uma trajetória de dificuldades crescentes e abrindo um novo horizonte para todos os indivíduos que se destacassem pelo esforço e dedicação, pena que, para Piketty, a meritocracia esta perdendo força com grande rapidez, as chances de indivíduos oriundos de classes sociais mais simples ascenderem socialmente esta em franca decadência, fruto da nova forma de acumulação do sistema capitalista, medidas urgentes devem ser tomadas para impedir que o capitalismo se destrua por si mesmo e os ganhos, inegáveis, do sistema sejam sobrepostos por tragédias e destruições iminentes.
O economista francês faz algumas sugestões interessantes, dentre elas destacamos uma forte tributação sobre o patrimônio, esta taxação deve ser feita em escala global para impedir que os atores econômicos saiam de seus países e busquem guarida em outras regiões, reduzindo a eficácia desta medida, o espaço certo para costurar estes acordos são os grandes tratados internacionais, como os que estão sendo discutido entre blocos econômicos, tais como o possível acordo entre Mercosul e União Européia.
As sugestões de Thomas Piketty foram recebidas de forma bastante diferentes, de um lado um grupo de economistas do mainstream viram-nas como uma crítica requentada das teorias de Karl Marx, coisa que o economista francês rechaçou com veemência, inclusive muitos criticaram os dados levantados e, principalmente, as conclusões que embasavam suas conclusões; de outro lado, um grupo de economistas heterodoxos aplaudiram suas ideias e o colocaram no bastião do novo pensamento progressista. Tirando os exageros dos críticos, as ideias de Thomas Piketty devem ser lidas com atenção e refletivas por todos os agentes sociais, visando responder como podemos, no século XXI, ainda encontrarmos uma sociedade tão desigual, e pior, como esta desigualdade está aumentando de forma acelerada e colocando milhões de pessoas na indigência e na marginalidade, abrindo novos mercados ilícitos que desvirtuam as condições de vida e de esperança de inúmeros grupos na sociedade.
Todas estas medidas devem ser adotadas visando a redução do fosso entre ricos e pobres e com o intuito de acabar com uma equação nefasta para a sociedade, nela encontramos uma situação, onde os mais ricos conseguem dar aos seus filhos melhores condições de educação e de conhecimento, abrindo-lhes novos horizontes intelectuais e culturais, capacitando-os para ocuparem os melhores empregos, perpetuando uma situação que lhe é dada logo em seu nascimento, de outro lado, os mais pobres se restringem a uma formação deficitária, marcada por pouco acesso ao conhecimento e, em contrapartida, ocupando, no mercado de trabalho os empregos mais vulneráveis as flutuações e instabilidades da economia.
Uma das maiores angústias da sociedade contemporânea está relacionada às consequências do avanço desmesurado das drogas e do tráfico de entorpecentes sobre os indivíduos, gerando destruição em massa nas famílias e perturbações nos governos, além de gastos públicos cada vez maiores e preocupações mais frequentes com violência e a insegurança generalizada.
O mundo atual nos parece cada vez mais atônito com o crescimento dos mercados de entorpecentes, as drogas estão tomando uma proporção cada vez mais assustadora, neste ambiente encontramos profissionais liberais que se entregam ao vício acreditando que conseguem parar quando quiserem, pessoas, muitas vezes acima de qualquer suspeita, que usam drogas para continuar trabalhando e sobrevivendo, indivíduos que já não mais conseguem viver sem a cocaína e que, muitas vezes, perderam toda a dignidade, deixaram seus lares depois de brigas intensas e passaram a morar nas ruas, a fazer bicos como forma de sustentar seu vício, muitos agindo de forma agressiva, roubando e cometendo crimes de toda a natureza, elevando os índices de criminalidade e deixando a população amedrontada, clamando pela intervenção policial.
Dados recentes nos levam a aumentar nossa preocupação, somos o segundo maior mercado consumidor de drogas do mundo, com um exército estimado de 2,8 milhões de consumidores, perdendo apenas para os Estados Unidos, mesmo não produzindo esta mercadoria, somos grande importadores deste produto, que entra nas nossas fronteiras pelos mais diversos locais, por terra, pelo ar também pelos rios e mares, chegando aos morros e incrementando a violência, violência esta, que se espalha pelo país como uma praga das mais assustadoras, gerando caos e destruição por onde passa, tornando o país um dos mais violentos do mundo, com índices mais elevados de assassinatos do que países que vivem guerras civis e conflitos armados, que dissipam seu povo e corrói as estruturas da sociedade.
Um dos países mais importantes na geopolítica das drogas é o México, neste país que faz fronteiras com os Estados Unidos, encontramos o controle das rotas de venda de cocaína para o maior mercado do mundo. Na divisão desenvolvida até os anos 80, cabia aos colombianos o plantio e a produção da cocaína, que foram bastante afetadas pelas políticas adotadas nos anos 90, o chamado Plano Colômbia, que intensificou o ataque do exército colombiano, auxiliado pelo governo norte-americano, fragilizando os produtores colombianos e abrindo espaço para que os mexicanos se consolidassem como os grandes gestores desta multinacional das drogas, que, terceirizaram a produção do produto para vários países da América Central, hoje o país é o grande ator deste mercado, monopolizando milhares de rotas por ar, terra, água e subsolo, com o controle de milhares de redes de túneis ligando México aos Estados Unidos, garantindo, com isso, acesso ao maior mercado consumidor de cocaína do mundo, o que lhe concede lucros fantásticos e jamais vistos em outros negócios ao redor do mundo.
O México é um mercado dominado pelo tráfico de drogas, dentre os principais cartéis do país, destacamos os Caballeros Templarios, ultrareligiosos, disciplinados e influentes, dominam o Estado de Michoacán, onde o governo e as forças de segurança não conseguem atuar e estão se aliando a milícias civis para tentar controlar o poder, uma situação clara de desespero, que denota uma situação de desesperança, instabilidade e medo. Além deste grupo, destacamos os Zetas, mais agressivos e violentos, que degolam, mutilam e assassinam, filmam estas atrocidades e colocam nas redes sociais para intimidar e mostrar seu poder para a população, gerando mais medo e preocupações constantes. Outro grupo, o de Sinaloa, pode ser descrito como o mais profissional de todos, menos agressivo e diversificado, atua em várias frentes, distribuindo não só cocaína como metanfetamina, heroína e maconha, todas produzidas no México.
Muitos perguntam como funciona o mercado de drogas, será que este produto é tão rentável como dizem? Um dado interessante, extraído do novo livro de Roberto Saviano, nos dá esta resposta de forma primorosa: “Se neste momento eu investir US$ 1.000 em ações de petróleo e estiver indo bem, posso ganhar em um ano US$ 1.200, US$ 1.400. O mesmo se dá se eu investir em ações da Apple. Mas se investisse em cocaína, ganharia nada menos do que US$ 182 mil. A cocaína é um mercado imenso, que traz liquidez econômica, um mercado que não conhece crise”. Depois desta resposta tão clara e veemente, percebemos o poder deste mercado, será que existe algum produto com potencial tão grande como o da cocaína e de outros entorpecentes?
No mundo globalizado, marcado pela concorrência e pela competição aceleradas, as drogas muitas vezes são utilizadas para levar o indivíduo a uma fuga da realidade, para se concentrar nos afazeres do cotidiano, evitando que o indivíduo se encontre com sua realidade, num momento inicial a mercadoria tem esta utilidade mas, no médio prazo, levo o indivíduo a dependência, obrigando-o a buscar cegamente as drogas, perdendo a profissão, a família e os amigos, impedindo-o de enxergar a sua própria realidade, de dependência e de indignidade, poucos conseguem se recuperar desta doença social degradante e humilhante.
Os produtores de cocaína profissionalizaram o negócio, a logística foi toda reconstruída, no Brasil, recentemente, a Polícia Federal encontrou em uma de suas operações, indícios de que os traficantes estavam arquitetando a criação de uma empresa de aviação de fachada para transportar a droga, levando-a de região em região, ludibriando as autoridades e aumentando as suas, já gordas, fontes de lucro e de acumulação.
Analisando o potencial deste mercado, percebemos que muitos governos apresentam alto grau de comprometimento e de dependência, isto porque, não dá para acreditar que toda esta indústria de entorpecentes, que arregimenta bilhões de dólares no mundo todo, consegue se estruturar e se desenvolver, sem o auxílio oficial, dado por políticos e por autoridades que ocupam cargos altos nos Estados Nacionais e que se escondem, criminosamente, atrás de um negócio que destrói milhares de famílias e levam um grande número de pessoas a viverem de forma indigna, sem esperança e sem perspectivas de futuro, levando-os a uma depressão que o destrói lentamente.
As drogas são, realmente, um dos grandes problemas da sociedade mundial, não pode ser descrito apenas como um problema do Brasil, afeta todos os países e regiões que, com a globalização, deixa claro uma angústia global, que corrói e deixa um rastro de destruição e morte por onde passa, comprometendo os laços sociais que envolvem os seres humanos e levando-nos a uma situação de animalidade e irracionalidade, igualando-nos aos mais cruéis e violentos animais que vivem neste mundo.
Em época de eleição, nos vemos inundados pelos mais exóticos candidatos a cargos eletivos, desde as figuras de sempre do jogo político, que vivem e fazem da política um meio de vida e forma de sobrevivência, até os mais engraçados, pitorescos e aproveitadores, que veem na eleição uma forma de aparecer e, quem sabe, conquistar o direito de ocupar um cargo público e, com isso, começar a usufruir das benesses do Estado brasileiro, muitas vezes sem nenhum compromisso com a ética e com a moral, apenas se preocupando com seus interesses particulares, mesquinhos e imediatos.
Na situação atual que vivemos, onde encontramos um país marcado por variados conflitos, ao vermos o discurso oficial, o que percebemos é um país em ótimo momento, inflação controlada, investimento em alta, desemprego em baixa e perspectivas positivas para o futuro, mas, na verdade, este é o quadro atual em que vivemos na atualidade? A inflação se encontra no teto da meta, controlada pela mão forte do Estado sobre setores centrais da sociedade, tais como energia e combustíveis, os investimentos estão em queda e os investidores acusam o governo de intervencionismo excessivo, o desemprego embora baixo sinaliza reversão e as perspectivas futuras não são muito positivas, os dados recentes divulgados pelo IBGE, queda de 0,6% do produto interno bruto no segundo semestre, mostram uma situação decepcionante.
Conversando com alunos, professores e pessoas comuns, o que encontro é uma verdadeira ojeriza com relação ao governo atual, críticas sistemáticas e agressivas, para não dizer mal educadas com relação à presidenta da República, no meu ver exagerada e excessiva, culpando-a por todos os desajustes existentes na atualidade, mais que exagero é uma mostra clara do pouco conhecimento que a população tem dos problemas nacionais.
Embora alguns problemas devam ser atribuídos ao seu governo, muitos deles estão relacionados a desafios históricos do país e perpassam os mais variados governos, sendo um problema nacional e que, a meu ver, não podem ser debitados na conta deste governo ou, pelo menos, não podem ser debitados completamente nas costas do governo atual.
A construção de uma terceira via se faz necessário, o dualismo PT X PSDB já cansou a sociedade, uma disputa infantil e grosseira que, nos últimos 12 anos, vem minando a lógica política e criando um verdadeiro Fla X Flu eleitoral, onde um rejeita os feitos do outro, agindo sempre como irmãos siameses que se odeiam mas que não conseguem viver um sem o outro, condenados como um castigo divino a conviverem grudados.
Ao analisar o país nos últimos vinte anos, enxergamos uma sociedade marcada por grandes avanços, desde a estabilização dos anos 90, protagonizadas pelo governo tucano de FHC, até as melhorias nos indicadores sociais do início do século, capitaneadas pelos petistas, ambas motivadas por políticos que deixaram sua marca na sociedade brasileira e serão lembrados nos anais da história brasileira como responsáveis por avanços notáveis na sociedade.
Este dualismo foi alimentado pelos dois lados nos últimos anos mas, principalmente pelo presidente Lula, que cunhou e difundiu a frase, nunca na história deste país, onde um partido se apropria dos feitos do outro, alterando nomes de programas e investindo maciçamente em propaganda, escondendo da sociedade que o mais importante para o país são os resultados destas políticas, se exitosas e meritórias devem ser seguidas, mantidas e aperfeiçoadas, mas sempre sabendo reconhecer os feitos e iniciativas de governos anteriores que, mesmo cometendo equívocos, foram os pioneiros na adoção de alguma destas políticas.
O dualismo PT X PSDB acabou contribuindo para minar a credibilidade da política brasileira, quem ouve a presidente da República fazendo discurso nos palanques da vida, se assusta, pois, de cada dez palavras, no mínimo duas fazem menção destrutiva ao governo tucano dos anos 90, esquecendo muito dos avanços obtidos neste período, avanços estes que possibilitaram outras melhoras obtidas na gestão petista, tais como a redução da inflação e o embrião das políticas sociais, tais como o Programa Bolsa Escola, embrião do atual Bolsa Família, lembrando, que a política social do Partido dos Trabalhadores (PT) era o Programa Fome Zero, que não empolgou nem mesmo os militantes do partido e foi substituído pelo atual programa.
Uma questão importante que precisamos discutir com mais atenção, é com relação aos avanços sociais obtidos pelo país nos últimos anos, todos percebemos uma melhora considerável na redução da pobreza, dados recentes divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) nos auxiliam nesta reflexão, pela pesquisa, neste século, 56 milhões de pessoas em todo o subcontinente foram retiradas da pobreza, onde Peru e Bolívia apresentaram os melhores e mais consistentes resultados.
No caso do Brasil, a pobreza foi reduzida de 43,1% da população em 2000, para 24,5% em 2012, estes dados são bastante animadores e motivo de grande comemoração, agora, o mais importante, é que estas pessoas saíram da pobreza e não foram alçadas diretamente para a tão sonhada classe média, infelizmente, sua nova denominação descrita na pesquisa é de vulneráveis, um conjunto de pessoas que podem ver sua situação evoluir para a classe média ou perceber sua situação retornando para a pobreza, tudo depende do crescimento da economia e o surgimento de novas oportunidades, são estes os responsáveis pelos pedidos de mudança que encontramos na atualidade, o baixo crescimento ameaça fortemente os avanços obtidos anteriormente.
O Brasil merece mais, depois de anos de melhorias, faz se necessário, voltarmos a crescer e melhorar nossa inserção internacional, em um mundo globalizado é fundamental a construção de uma sociedade mais homogênea, mais coesa e com uma desigualdade cadente, todos seremos beneficiados por esta nova sociedade, onde a classe política será cobrada fortemente e os avanços serão comemorados como fazemos quando a seleção brasileira consegue fazer um gol e ganha um jogo de copa do mundo.
Neste ambiente de incertezas, uma terceira via se faz necessário, quem sabe um novo candidato, num primeiro momento Eduardo Campos representou este novo, mas os infortúnios da vida fizeram com que a morte o levasse prematuramente, embaralhando a política e trazendo novos contornos para o mês de outubro, resta esperar para ver, será que diante de tantos desastres naturais da política brasileira, um novo desastre abra novas perspectivas para o país na pessoa da candidata do PSB Marina Silva? Acho difícil, mas nada é impossível neste mundo complexo e cheio de incertezas e instabilidades.
Só o tempo poderá nos mostrar o novo rumo da sociedade brasileira lembrando que, o mais importante nesta transformação é que cada cidadão assuma seu papel nesta sociedade para afugentar os fantasmas que insistem em comprometer nosso futuro e nos condenar a uma perspectiva de stop in go, onde os retrocessos são sempre maiores que os avanços, pelo menos quando nos referirmos ao mundo da política e do poder, as perspectivas para o futuro são inquietantes e preocupantes, mas como Deus é brasileiro, há sempre motivos para termos esperança num futuro melhor.
Nos últimos anos as empresas estão envoltas em grandes e complexos sistemas de produção, inovação e distribuição, onde os menos preparados perdem espaço e são relegados ao esquecimento dos livros de história ou aos museus da tecnologia, que abrigam mais do que empresas e históricos, abrigam a vida e o legado de muitas gerações de indivíduos e comunidades.
Recentemente, um dos mais fortes embates entre empresas de tecnologia se encontra no eixo Estados Unidos-Ásia, neste embate de gigantes, algumas empresas tradicionais perdem espaços e novos grupos, até então desconhecidos, passam a ocupar posições de destaque, conquistando mercados e o gosto dos clientes com produtos ágeis e diversificados, num mercado que se movimenta com uma rapidez inacreditável.
Nesta competição encontramos empresas como a Sony, um dos conglomerados mais admirados na sociedade mundial até o início do século atual, referência em produtos de alta complexidade, criada e conduzida ao topo pelo japonês Akio Morita, o homem por trás de um dos mais revolucionários produtos da indústria, o walkman. Depois de um crescimento extraordinário em vários produtos, dentre eles os notebooks, os televisores, máquinas fotográficas, câmeras de vídeos, tocadores de CDs, máquinas de fax, os smartphones, entre outros, a empresa se encontra em uma situação de grande inquietação, números negativos e poucas expectativas positivas, uma verdadeira revolução no universo da tecnologia, quem imaginaria, a dez anos atrás, que no começo deste século a gigante nipônica perderia força e, para sobreviver, teria que abrir mão de produtos antes considerados o carro chefe da empresa.
Os problemas encontrados pela Sony não se restringem a apenas esta empresa japonesa, outras gigantes deste país também estão envoltas em graves problemas, conglomerados como a Panasonic, a Hitachi e a Sharp, empresas que foram responsáveis pela popularização de produtos eletrônicos em muitos países, dentre eles o Brasil, passam por graves desajustes. Quem não se lembra de televisores destas empresas adornando a sala de suas casas ou de seus avós em décadas anteriores?
Diante da crise, a Sony vendeu, recentemente, uma de suas mais importantes marcas, os computadores Vaio, referência no mercado da tecnologia, criado em 1996 e que inspirou ambições de desejos de, nada mais nada menos, que Steve Jobs, o homem por trás das grandes transformações da Apple, conhecido como um admirador da empresa japonesa em seus períodos de liderança e hegemonia. Nesta ambiente de crises e incertezas, a Sony vendeu sua marca Vaio, que foi adquirida por um grande fundo de investimento, uma tendência que parece clara em vários mercados, diante da crise, marcas e empresas se desvalorizam e são vendidas para fundos que as reestruturam e, posteriormente, vendem estes ativos e acumulam ganhos substanciais.
Empresas tradicionais perdem espaço para seus concorrentes e novos conglomerados econômicos surgem, quem fez uma leitura mais eficiente das mudanças e de seus desafios sobrevivem e crescer fortemente, são empresas mais ágeis e rápidas para compreender o mundo globalizado e as novas exigências de mercados, que exige um canal rápido e eficiente com os consumidores, um investimento maciço em inovação e na compreensão dos hábitos e costumes dos indivíduos, as que não conseguiram ver esta nova realidade se encontram em graves problemas de sobrevivência, muitas tendo que abandonar mercados deficitários e produtos tradicionais, uma decisão difícil, mas necessária, não importando sua história e suas conquistas, são excluídas do mercado ou são adquiridas por seus concorrentes e “esquecidas” pela sociedade.
No mundo atual, centrado nos smartphones, nos serviços e nos softwares (como o iTunes da Apple), as empresas japonesas se concentraram em decisões ultrapassadas e em produtos requintados, esta estratégia equivocada faz com que suas empresas amargassem resultados negativos em seus balanços e reduziram seus mercados abruptamente, e suas principais concorrentes ganharam musculatura, tais como a sul coreana Samsung e a norte-americana Apple, isto sem falar na chinesa Xiaomi, uma novata com apenas três anos de vida e um alto potencial de crescimento e inovação, mais uma empresa chinesa curgindo com força e potencial para transformar os mercados e abrir espaço para novos paradigmas produtivos e estratégicos.
Na busca pela sobrevivência, as empresas japonesas estão abandonando mercados tradicionais e se concentrando em novos espaços para acumulação, a Panasonic está se transferindo para a fabricação de equipamentos residenciais de consumo eficiente de energia; a Fujitsu, a Hitachi e a Sharp estão se concentrando na agricultura de alta tecnologia e a Sony, antes uma gigante invejada no mundo todo, busca inspiração estudando as medidas implantadas pela antiga concorrente, a holandesa Philips, que para sobreviver abandonou vários mercados de fraco desempenho, dentre eles, a fabricação de televisores, são decisões complexas e assustadoras que podem salvar a empresa ou encerrar um ciclo de décadas de liderança e inovação no mercado de eletrônicos.
As fragilidades das empresas japonesas nos levam a compreender algumas das limitações da economia do país, embora possuam um grande ativo caracterizado por patentes de alto valor e mão de obra altamente capacitada, seus executivos são, na sua grande maioria, profissionais com idade superior a 60 anos, marcados pela cautela e pela cultura japonesa do emprego vitalício, uma das grandes heranças da legislação trabalhista local, especialistas afirmam que mais de 30% dos trabalhadores empregados no setor são excedentes, mas que, pelas leis do país não podem ser desligados da empresa, tudo isso afugenta investimentos e restringem os lucros da empresa, além de reduzir o espírito empreendedor de seus novos dirigentes.
As empresas eletrônicas japonesas se encontram em um momento de grande reflexão, mudanças são necessárias e urgentes, sob pena de verem seus setores produtivos serem substituídos por produtos oriundos de outros países, principalmente de seus rivais e vizinhos, China e Coréia do Sul, mais uma batalha entre o tradicional e moderno, onde decisões dolorosas estão próximas de ser implantadas e os resultados serão amargos para o país num primeiro momento, mas fundamentais para redefinir o papel do país no mercado internacional de produtos eletrônicos.
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