Globalização, Inovação e Rupturas

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Vivemos em momentos de grandes alterações geradas pelo processo de globalização econômica, com inúmeras rupturas, incertezas e instabilidades, que impactam fortemente sobre todos os indivíduos, organizações e Estados Nacionais. Nestes movimentos crescentes de rupturas, os atores econômicos e produtivos precisam se atualizar rapidamente, desenvolvendo novas tecnologias, novos modelos de negócios, novas estratégias de inovação, tudo isso, como forma de sobrevivência, afinal, muitas organizações que eram vistas como líderes e empresas inovadores, ficaram para trás, foram substituídas por outras empresas e inauguraram novos modelos de negócios, lembram da Olivetti, da Kodak, dentre outras…

Um dos grandes atores das transformações das últimas décadas é a globalização da economia global, que pode ser visto como um conjunto de modificações em curso na sociedade internacional, motivada pelo crescimento da tecnologia, da abertura das economias nacionais e o incremento da competição entre todos os atores econômicos e produtivos, tais como empresas, indivíduos e Estados Nacionais. Os impactos destas alterações não se restringem apenas as questões econômicas e produtivas, a globalização gera fortes transformações das questões políticas, alterando o mundo do trabalho, alterando as motivações dos indivíduos e estimula uma sociedade, cada vez mais individualista e imediatista, com consequências cotidianas.

As transformações geradas pela globalização da economia mundial estão exigindo reestruturações constantes em seus instrumentos econômicos e estratégicos, levando as organizações a fortes investimentos em tecnologias e capacitações constantes de seus trabalhadores, reduzindo custos produtivos e os preços relativos como forma de aumentar as vendas, além de fortes investimentos em marketing, em planejamento estratégico e no incremento do valor agregado dos produtos e dos serviços.

Neste ambiente, destacamos as alterações em curso nos modelos de negócios, novos produtos, novas pesquisas para compreenderem os desafios e os anseios dos consumidores, além da busca constante pela compreensão dos rumos da economia internacional, uma sólida bagagem cultural sobre outras nações e civilizações, num ambiente marcado por grandes incertezas e instabilidades que exigem habilidades novas, não apenas técnicas mais comportamentais.

As organizações estão passando por grandes transformações em decorrência da globalização, que impactaram fortemente sobre os conceitos de tempo e de espaço, criando novas formas de agregar valor a seus produtos, fortalecendo suas estratégias internas e externas para competir com os novos atores globais, onde percebemos a existência de grandes e novos oligopólios mundiais que dominam o mercado internacional, definindo as margens de lucros, os investimentos em tecnologias, de inovações e da sofisticação produtiva.

Vivemos num momento marcado por grandes rupturas, o mundo novo que surgirá destas novas transformações contemporâneas é impossível se vislumbrar neste momento, percebemos apenas movimentos, uns mais claros e outros mais opacos. A educação, pode ser vista como a chave da sociedade contemporânea, mas não sabemos claramente quais são os rumos desta nova sociedade, vivemos num mundo marcado por grandes disrupturas, centrados no desenvolvimento tecnológico, do incremento do mundo digital, das incertezas e das instabilidades.

Neste ambiente marcado por grandes transformações e rupturas, os governos nacionais que conseguiram construir novos horizontes e vislumbraram novas perspectivas para seus cidadãos, foram aqueles que investiram intensamente em educação e em capital humano, com fortes recursos para a pesquisa científica e novos modelos de negócios trazidos pela revolução tecnológica, preservando seu meio ambiente, valorizando a ciência e o conhecimento científico, rechaçando o negacionismo e deixando de lado discussões estéreis e desnecessárias, que estimulam conflitos políticos e conversas intermináveis que levam a perpetuação dos inúmeros atrasos que caracterizam a sociedade brasileira, desta forma, percebemos que quando as ideias morrem no mundo, elas persistem no Brasil.

Ary Ramos da Silva Júnior, Bacharel em Ciências Econômicas e Administração, Especialista em Economia Comportamental, Mestre, Doutor em Sociologia e Professor Universitário.

Ary Ramos
Ary Ramos
Doutor em Sociologia (Unesp)

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