Momentos de incertezas se espalham pela sociedade mundial levando as mais variadas regiões do globo preocupações e desesperanças, mas ao mesmo tempo abrindo espaço para novos desafios e perspectivas, geradoras de oportunidades e espaços para líderes e empreendedores modernos, que fazem a diferença em uma sociedade aflita e marcada por medos e indagações constantes.
Encontrar nestes ambientes lideranças novas e promissoras é algo bastante complicado, até mesmo algumas palavras ou conceitos estão sendo utilizados de formas equivocada e banalizada pelos agentes sociais, empreender é mais que abrir uma empresa, empreender é algo mais complexo de mensurar e definir e está intimamente ligado a uma capacidade de construir e direcionar novos rumos e espaços para os negócios, criando áreas e oportunidades de trabalho e produção, gerando riquezas, empregos e novas oportunidades profissionais.
Liderar de forma eficaz estas mudanças é uma das habilidades exigidas dos empreendedores, que são líderes por natureza, possuem esta sensibilidade para compreender as oportunidades e servem como uma bússola para os trabalhadores e indivíduos que estão ao seu lado, motivando-os e estimulando-os ao trabalho, gerando um sentimento de utilidade, de pertencimento, sentimentos fundamentais para as atividades cotidianas de todos os cidadãos.
O mundo do século XXI, marcado pelas transformações constantes, está carente de lideranças empreendedoras, tanto na lógica política quanto na social, encontramos muitos indivíduos em cargos de liderança que apresentam uma visão limitada, são exímios estrategistas no mercado financeiro ou empresarial, falam vários idiomas, conhecem muitas teorias, países e culturas, mas não apresentam uma visão sistêmica dos problemas da humanidade, pensam nos indivíduos apenas como consumidores e se esquecem dos cidadãos, perseguem metas ambiciosas e deixam de lado os seres humanos, suas vidas e seus problemas, o resultado disso é uma sociedade que deixa a ética e os valores humanos de lado e se entregam ao imediatismo e ao individualismo.
Os valores do capitalismo ocidental se difundiram e geraram grandes mudanças no mundo, países orientais sentiram na pele mudanças intensas em suas formas de enxergar o mundo e vivenciar o trabalho e as relações sociais, concorrência e competição se tornaram mantras sagrados do mundo contemporâneo, obrigando as sociedades a buscarem incrementos da produtividade e redução de custos, mesmo que conseguidos destruindo o meio ambiente e deixando, para as gerações futuras um passivo altíssimo.
As transformações são intensas e preocupantes e levam regiões, antes promissoras e desenvolvidas, ao caos econômico e social, a União Européia está mergulhada em uma crise estrutural, cujos impactos sobre a economia global ainda são incertos e violentos, países como a Grécia, Portugal e Espanha se encontram em situação terminal, desemprego crescente, desigualdade social em ascensão, dívidas em descontrole e perspectivas negativas, que geram o caos, o medo e a insegurança, afugentando investidores e fazendo com que as perspectivas sombrias se tornem uma realidade assustadora, este caos oculta uma preocupação premente com as gerações futuras, o que estamos deixando para nossos filhos e netos se a esperança está se esvaindo de uma forma jamais vista e o medo e a desesperança reinam nos corações de todos.
Soma-se a tudo isso as preocupações ambientais, cúpulas são organizadas em vários países e regiões para construir uma postura comum de combate ao aquecimento global, debates, palestras e grupos de discussão tentam convencer os céticos e os supostos líderes a adotarem uma postura mais assertiva e criar metas mais ambiciosas para combater este desajuste que pode legar às próximas gerações um caos ambiental, atitudes estas que só poderão ser implantadas se o lobby das indústrias poluidoras for controlado e medidas concretas forem adotadas, medidas estas que não podem se restringir a um único país ou a um grupo de países, mas à comunidade internacional, deixando claro que alguns devem arcar com um ônus maior deste passivo ambiental, ou seja, países que alcançaram padrões mais elevados de consumo e conforto material devem se empenhar mais, destinando recursos para as pesquisas e zelando por um clima melhor e condições melhores de sobrevivência.
Um mundo complexo como o do século XXI exige lideranças mais capacitadas, a busca incessante pelo incremento de produtividade leva o trabalhador a desajustes constantes e conflitos existenciais, a ansiedade, a obesidade e a depressão são doenças que abalam todos os países e regiões, o suicídio pode ser descrito como uma das maiores causas de morte na sociedade internacional, obrigando governos e comunidades a assumirem posturas mais assertivas na solução destes problemas para que o século atual seja um período de transformações e progressos não apenas materiais, mas avanços morais e éticos dos seres humanos, para que possamos legar aos nossos descendentes um mundo melhor, aumentar os investimentos na integração e na comunicação entre os povos é importante e deve ser estimulado, agora, o que adianta estes investimentos sabendo que muitas regiões do planeta se encontram na pobreza e na indigência extremas, onde uma parcela substancial de sua população vive, ou melhor sobrevive, com apenas US$ 1 por dia e as perspectivas e sonhos são luxos que seus povos nem ousam em cultivar, porque a dureza do cotidiano embrutece os corações e fazem secar toda e qualquer lágrima de esperança.
Os medos são intensos e verdadeiros, mas mesmo sabendo das dificuldades e da dura realidade do mundo, não podemos desanimar e perder as esperanças, os homens são escravos de suas escolhas, colhemos atitudes tomadas anteriormente e para que, num futuro próximo, possamos colher frutos de paz e de progresso devemos hoje, na atualidade, plantar sentimentos e atitudes melhores, adotando o altruísmo como bússola que nos orienta e fortalece nossas decisões e expectativas.
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